A Rede de Desenvolvimento Local é uma rede formada por moradores de uma localidade, que em conjunto, buscam desenvolver a comunidade em que vivem, baseando-se em princípios básicos como: interação, cooperação e solidariedade.
Não é um desenvolvimento atrelado a questão econômica. É um desenvolvimento ligado a aspectos sociais; como a interação, amizade, democracia e cooperação entre as pessoas.
Lembra aquela velha idéia da importância de conhecer o seu vizinho e convidá-lo para tomar um café e conversar sobre a "vida" e sobre o bairro? É exatamente isso. Esta relação é fundamental para qualquer comunidade que busca qualidade de vida. Pois a partir da experiência coletiva, pode-se perceber que existe outro que pensa como você, e tem os mesmos anseios e problemas. E que juntos são fortes.
O sociólogo francês Émile Durkheim já enxergava a importância de se ter consolidado dentro de uma região, laços sociais bem definidos. Analisando as sociedades, o sociólogo notava que quanto maiores os laços sociais que uma região possuísse, maiores eram o sentimento de solidariedade com o outro. Um exemplo prático disso, é que dentro de nossa família, na maioria dos casos, nos ajudamos e cooperamos entre si. Como instituição, a família tende a ser sempre forte, por manter essas questões de respeito e amizade sempre fortes.
Dentro da proposta, existirá um agente de desenvolvimento para cada região de Curitiba. Este terá como objetivo inicial, formar um comitê articulador e dar início em conjunto à implantação da metodologia do desenvolvimento local.
A metodologia é divida em oito passos.
Abaixo está a breve explicação de cada uma destas etapas, conforme foi escrito pela agente comunicadora Camila Borsato.
Primeiro Passo – Instalação do Comitê (Local) de Articulação da RedeO Comitê (Local) de Articulação da Rede será a Coordenação do Projeto. Essa coordenação será formada por pessoas voluntárias que moram ou trabalham na localidade.
Segundo Passo – Articulação da Rede (Local)A Rede (Local) visa conectar as lideranças locais, os participantes de programas de desenvolvimento local e todos aqueles que se interessam em colaborar com o Projeto. Deve-se conectar, no mínimo, 1% das pessoas da localidade.
Terceiro Passo – Seminário Visão de FuturoO Seminário Visão de Futuro deverá ser feito em uma oficina especialmente dedicada ao assunto. Nessa oficina, as pessoas serão estimuladas a sonhar um futuro desejado para a localidade em um horizonte de 10 anos.
Quarto Passo – Pesquisa Diagnóstico dos Ativos e NecessidadesPesquisa realizada pelo Comitê a fim de levantar o Mapa dos Ativos (o que a localidade já tem para atingir o futuro desejado) e o Mapa das Necessidades (quais problemas e obstáculos devem ser contornados para alcançar o desejado para o futuro)
Quinto Passo – Elaboração do Plano (Horizonte de 10 anos)A Elaboração do Plano Participativo consiste em estabelecer as metas a serem atingidas e as ações a serem realizadas ao longo do tempo.
Sexto Passo – Agenda Local (anual)É na Agenda Local que se definem as ações e quando as mesmas deverão ser realizadas para atingir as metas.
Sétimo Passo – Pacto Local em torno da AgendaO Pacto Local representa a formalização dos compromissos assumidos pelos participantes da Rede de Desenvolvimento Comunitário.
Oitavo Passo – Realização da Agenda (começando por um Projeto Demonstrativo)Neste último passo, a comunidade dá início a Agenda Local e ao Plano.
Lembrando que ao final da implantação da proposta, a figura do agente de desenvolvimento, contratado pelo SESI, será desnecessária, pois a comunidade já aprendeu a andar com as próprias pernas.
